sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Falta





























O título de Sebastian Vettel foi marcante.

Não é todo dia que aparece um bicampeão.

E o que me chamou a atenção foi a festa.

A exaltação, a alegria.

Vettel é querido.

Carismático.

Bem diferente de seu compatriota alemão.

Não é implicância.

É uma constatação.

Apesar de todos os números impressionantes Michael Schumacher não é amado pela multidão.

Nunca foi.

Falando aqui do Brasil?

Não.

Basta uma olhada em blogs e sites de automobilismo do mundo inteiro.

Estão lá, aos montes, homenagens a Gilles Villeneuve, Jim Clark, Graham Hill,
Ayrton Senna...

Schumacher é um construtor.

Uma pessoa que mudou o rumo da Benetton e da Ferrari.

Um vitorioso.

Então onde está a admiração do público?

Qual é o porque da frieza encontrada na imprensa?

Alguns dizem que a culpa é de um brasileiro.  

Ayrton Senna impactou de tal forma a Fórmula 1 que o surgimento de
Schumacher ressoou como uma heresia.

Um farsante tentando ocupar um lugar que não era seu.

Outra teoria aponta sua ações.

Acusa suas atitudes.

Michael sempre foi um bravo.

Um piloto que buscava a vitória de qualquer maneira.

Por conta disso suas questionáveis manobras o fizeram se tornar um vilão
em muitas ocasiões.

E sua história está completa.

Não pode ser refeita ou corrigida.

Até porque ele não é de reconhecer erros ou pedir desculpas.

Se fez muitas vezes de vítima.

Sendo por isso ironizado pelos seus pares.

É a imagem que ficou.

Sete títulos mundiais.

Números e mais números deitados a seus pés.

Uma máquina programada para vencer.

Centrado.

Schumacher nunca foi um deslumbrado.

Sua história de vida não permite isso.

Lutou desde o começo, ainda no Kart.

E por isso cultivou hábitos simples.

Diferente de outros que caíram perante a fama e o dinheiro.

Qualidades admiráveis num campeão.

Porém ele carrega uma derrota.

Apesar de todos os triunfos.

Michael Schumacher  nunca conseguiu atingir os corações das pessoas.

Talvez tenha sido seu único fracasso.

Um fracasso gigantesco.

16 comentários:

Marcos Antonio disse...

pra um torcedor da Williams que sou ele nunca terá a minha admiração pelo que fez com o Hill em 94. em 97 veio a vingança, mas sempre torci contra ele. é inegável que ele foi um grande piloto, pelos os números ele foi o maior, mas pra mim ele não foi. ele inaugurou uma era a F1,a dos super atletas, pois antes a f1 só tinha pilotos. E como você disse, pelo menos comigo, ele não conseguiu minha admiração

politicamente_incorreto disse...

O Schumacher é a peça principal de um projeto e se comportou muito bem como ta, o que os experts e até o público em geral conseguiu vislumbrar.
É um piloto mediano extremamente aplicado que foi o ponta de lança de um projeto gigantesco e sem limites de orçamento da Ferrari que de uma vez apenas contratou o que havia de melhor disponível no mercado e no momento ele era realmente o melhor. Fruto de udois títulos pela Benneton sendo o primeiro deles um escândalo não só pela batida no Hill mas pelo conjunto da obra, incluindo aí o controle de tração descoberto já quase no meio da temporada. a equipe só não foi eliminada porque a categoria passava por uma puta turbulência principalmente provocada pela eliminação do tal controle que inclusive pode ser creditado como um dos fatores do acidente fatal do Ayrton Senna. como poderia a FIA admitir que tanta desgraça foi por nada e que ela não teve capacidade(?) de fiscalizar o mais óbvio de todos os ítens? Resposta com Briatore miranda e suas malas de verdinhas...
Para finalizar chego a ter crise de risos quando ouço ou leio os argumentos de que o Schumacher foi o responsável pelo reerguimento da Ferrari e o criador da "equipe imbatível", só mal informado ou mal intencionado para proferir uma bobagem dessas, é muita ignorância e falta de conhecimento de como funcionam as corporações. O responsável por isso se chama Luca di Montezemolo que tomou a decisão corporativa e com o beneplácito da Fiat empurrou caminhões e caminhões de dinheiro na equipe, nos melhores profissionais disponíveis naquele momento e foi guardado ainda uns caraminguás para o empresário do Schumacher continuar a molhar regiamente a mão do pessoal da FIA. É CLARO QUE ESSA TROUPE TODA NÃO CABIA NO COCKIPT, ENTÃO A PARTE MAIS VISÍVEL DO PROJETO FICOU COM O QUEIXUDO. O GRANDE CRITÉRIO EXIGIDO PELA EQUIPE FERRARI NAQUELA ÉPOCA ERA QUE O CARA ALÉM DE SER UM PROFISSIONAL COMPETENTE DEVERIA NÃO SE IMPORTAR MUITO COM ÉTICA E PRURIDOS MORAIS, AÍ NESSE PONTO A EQUIPE ESTAVA COMPLETA, INCLUSO O BARRICHELLO.

SIMPLES ASSIM.......

Rubem Rodriguez Gonzalez

Bernardo disse...

falou tudo Corradi.....

Rodrigo Dias disse...

É por conta desses números que ele não precisava dessa mancha na carreira:

http://www.youtube.com/watch?v=bwZju13GCWM

Olhem a cara de nojo que o Ralf faz. Não precisa dizer nada.

Marcelonso disse...

Corradi,

Como sempre digo, Vettel nem parece ser alemão, tamanho seu carisma.


abs

Anônimo disse...

Pra gente aqui no Brasil é até mais fácil não gostar de Michael Schumacher.

1) Em 1991, Bertrand Gachot foi preso na Inglaterra. Schumacher e Willi Weber mentiram a respeito de sua experiência em Spa e o alemão estreiou na F1 - estréia mequetrefe...
2) Weber e Schumacher logo associaram-se a Flavio Briatore que, inventando um "problema psicológico", chuta Roberto Moreno - um BRASILEIRO - para dar lugar ao alemão...
3) Em 1993 a Benetton de Briatore e Schumacher vetam o acesso as últimas versões do Ford Cosworth HB à McLaren de Ayrton Senna - outro BRASILEIRO - o que traz antipatia ao alemão para a torcida de Senna...
4) Em 1994, numa Benetton ILEGAL, rivaliza com Senna. Só isso o colocaria do "outro lado do ringue". Não bastasse isso, Senna morre, e Schumacher começa a vencer... a ser desclassificado e a jogar mais sujo ainda nas pistas... que o diga Damon Hill...
5) Sobre 1995, basta bater um papinho com Johnny Herbert...
6) Em 1996 Schumacher muda-se para a Ferrari e a Scuderia amolda-se ao 'queixudo'... tanto é que traz nos anos seguintes os técnicos que o ajudaram a vencer os títulos de 1994 e 1995... Ross Brawn, Rory Byrne, por exemplo, eram da Benetton...
7) Boa idéia seria bater um papinho com Eddie Irvine, especialmente sobre a temporada de 1999. Schumacher, inclusive, relutou muito em voltar a pilotar (após seu acidente em Silverstone) naquele ano, só para não ter que ajudar Irvine... FDP...
8) A partir de 2000 até 2005, teremos que aguardar o 'Livro da Vida de Barrichello' - outro BRASILEIRINHO - com as histórias das humilhações sofridas por ele... "tudo pra mim, nada pro 1B", seria o lema de Schummy...
9) Áustria 2001 e 2002 - precisa falar alguma coisa?
10) Em 2006, tomando um 'pau' de Fernando Alonso, Schumacher decide aposentar-se, entre outros motivos, para não 'prejudicar' a carreira de jovens como Felipe Massa - mais um BRASILEIRO -; seria uma tentativa de conquistar a torcida tupiniquim?

Enfim poderia alongar muito mais esse texto... curioso é que, se a gente levantar os detalhes das carreiras de todos os campeões, certamente serão encontrados episódios negros... os de Schumacher talvez sejam apenas mais visíveis...

um abraço,
Renato Breder

Marques disse...

Tinha talento e tinha carro. Não precisava dos inúmeros papelões que proporcionou. Como disse o colega, pergunta para o Irvine. Na largada do GP do Japão de 1999, veja o "esforço" do Schumacher na largada. O Hakkinen some na frente dele. Outra imagem emblemática é do Ross Brawn sorrindo, olhando para o pódio, onde seu piloto (Irvine) acabara de perder o título.

Anônimo disse...

Parabéns Corradi!!

Faço minhas, as suas palavras!!!

Abraço!

Mauro Santana
Curitiba-PR

Anônimo disse...

Na mosca Corradi. Xeque-mate.

Vicenzo

Bianchini disse...

Um bocado da implicância com o Schumacher vêm da TVS (Torcida Viúvas do Senna), que simplesmente não tem a capacidade nem a decência moral e ética de admitir que sim, apareceu um cara que pilotava mais que o Senna. Aos que afirmam que ele só foi campeão com o melhor carro, pode-se rebater dizendo que as McLaren de 1988 ainda são o melhor carro já aparecido na F-1 (15 vitórias em 16 corridas), que em 1990 a Ferrari quebrou algumas vezes que a McLaren não e que em 1991 o Mansell mais uma vez perdeu o campeonato com seu jeitinho troglodita de dirigir. Aliás, em termos de mau caratismo o Sr. Senna também não ficava muito atrás, é que ele "jogava para a torcida" e a pouco especializada imprensa brasileira caía na onda de que ele era um santo. também não considero o Senna o 2º melhor piloto que já apareceu, acima dele também estão Fangio, Nuvolari, Jim Clark e Emerson Fittipaldi - o brasileiro que abriu caminho para todos os outros, incluindo Senna.

Anônimo disse...

O Schumacher foi uma "máquina de pilotar". Um superpiloto e superatleta. Dizer que não tinha talento ou que só vencia porque tinha um supercarro ou um superprojeto por atrás, não passa de dor de cotovelo ou despeito. Um bom piloto, por melhor que seja, só vence um monte de corridas e campeonatos se tiver um bom carro. Senão só vai mostrar que é bom, mas não vai vencer. Não foi assim com Senna e Prost? A diferença entre os pilotos aparece quando tem bons carros. Aí os bons são campeões. Os comuns ganham apenas algumas corridas e depois desaparecem. Taí o David Coulthard prá mostrar que não é só carro que faz um campeão. Pilotou na Mclaren durante um tempão e teve o melhor carro da categoria por pelo menos 4anos e ganhou apenas 1 ou no máximo 2 corridas por ano. Se fosse um piloto do calibre de Ayrton Senna, teria sido campeão em 98, 99, 2000 e 2001 fácil.
O Corradi descreveu muito bem os motivos que o levaram a não ser idolatrado pela maioria do público. Entre eles, acho que o maior seja a atitude de vencer a qualquer custo. Só que o custo de episódios vergonhosos, como em 94, 97, a vitória na Austria em 2002 e outros, foi bastante alto.

Enio Peixoto

Anônimo disse...

O Schumacher se espelhava no Senna, que fazia de tudo pra vencer. Só que Senna corria numa época em que haviam 4 campeões mundiais correndo junto, enquanto Schumacher correu a maior parte da carreira, sem ninguém pra amedronta-lo. É o maior de todos os tempos, ótimo. Soube melhor que ninguem aproveitar suas oportunidades, mas seus títulos sempre tiveram uma mancha, e isso eu acho dificil que alguem goste no esporte. Jogo sujo é dificil de suportar.

politicamente_incorreto disse...

Maquina de pilotar....... já ouvi muitas barbaridades nos defensores do Schumacher mas esse adjetivo é inédito!!!!
Ênio, máquinas de pilotar têm carreiras pautadas por sucesso em qualquer categoria aonde andam, o alemão têm uma carreira medíocre antes de chegar a F-1, destaque apenas para o patrocínio e apadrinhamento da Mercedes a qual traiu na primeira oportunidade juntamente com o seu empresário Briatore. máquinas de pilotar são competitivos e vencedores até com aparadores de grama. suponho que a "máquina de pilotar" tenha dado pane pois depois que voltou a categoria está sendo massacrado impiedosamente pelo "grande" Rosberguinho......a idade pode ser desculpa para não ganhar corridas e nem disputar posições mais elevadas no grid, mas indefensável quando o assunto é a disputa com o "grande" rosberguinho dentro da equipe. AHHHHH, O DETALHE!!!! LÁ QUEM TÊM TRATAMENTO E STATUS DE PRIMEIRO PILOTO E TODA A ATENÇÃO É O QUEIXADA, OU SEJA: VERGONHA TRIPLA!!!! NÃO CONQUISTOU O PÚBLICO OU ATÉ A IMPRENSA ESPECIALIZADA EXATAMENTE POR CAUSA DISSO.
UM PILOTO MEDIANO AMBICIOSO, SEM ESCRÚPULOS E COM A MAIOR ESTRUTURA - LEGAL E ILEGAL - JÁ CRIADA NA CATEGORIA PARA APENAS UM PILOTO E OS RESULTADOS APARECEM.

Anônimo disse...

Rubem,
Eu disse que ele FOI uma máquina de pilotar e não que É! E foi mesmo! Seus resultados falam por si. Damon Hill, em 95 disse que ele era um clone, devido ao forte rítmo que impunha durante toda a corrida. O fato de ter tido uma superestrutura por trás não desmente nada disso. Não adianta ter estrutura, carro, dinheiro, juiz ladrão, se o piloto não corresponder a altura. Por isso, toda grande estrutura vencedora, teve um grande piloto também. Senão, vão perder campeonatos como o Mansell perdeu em 86, 87 e 91. E o Hill perdeu em 94 e 95. O que faltou nestes anos que citei foi um piloto de primeira categoria com status de primeiro piloto. Por isso, a Ferrari dá todo privilégio ao Alonso e a Red Bull ao Vettel. Assim como a Mclaren deu ao Ayrton, a Brabham ao Piquet, a Tyrrell ao Stewart, etc. Em 1974, a Ferrari teve o melhor carro disparado, mas o primeiro piloto era o Clay Regazzoni. Depois descobriram que o segundo piloto é que era o tal. Se não fosse o acidente na Alemanha em 76, o Niki Lauda teria vencido uns 3 ou 4 campeonatos em sequência.
Sucesso em categorias inferiores também não são pré-requisitos para candidatos a futuros campeões. As vezes o cara só teve uma puta estrutura por trás. O Barrichello, o Nelson Angelo Piquet e muitos outros, ganharam um monte de corridas em categorias inferiores e no funil da Fórmula 1 o resultado já não foi o mesmo. Teve um japonês, que ganhou um montão de corridas na Fórmula 3. E depois? Citei estes porque lembrei deles, mas tem muitos outros.
Agora, o Schumacher FOI. Não é mais. Com 42 anos, após ter ficado parado por 3, não vai fazer mais nada de destaque. E o Rosberg não é nenhum roda dura. Não estou defendendo o alemão. Isto é apenas uma constatação de fatos.

Enio Peixoto

politicamente_incorreto disse...

Ênio, tenho uma profunda admiração pelo Damon Hill e acho o cara a personificação da superação, deia a ele o titulo de "operário padrão" da categoria, mas daí a considerar a opinião dele sobre Schumacher como uma lei imutável do universo vai uma distância quilométrica, se pilotasse na época do seu pai ou nas décadas de 70 e 80 acharia que estava em marte....
Você diz que sucesso em outras categorias não é garantia de sucesso na F-1 , concordo contigo. Mas quais os pilotos de sucesso na F-1 que são ou foram medíocres em outras categorias? Talvez o Schumacher e o Damon Hill. Boa parte dos seguidores da categoria afirmam sem medo de errar que o Damon só conseguiu os seus feitos graças a equipe e ao carro, mas estranhamente boa parte desse grupo esquece esse detalhe no caso do Schumacher.
O Senna em 88/89 tinha o melhor equipamento da categoria, mas o seu companheiro de equipe também tinha um igual.... e ele teoricamente entrou como segundo piloto em 88 pois o Prost ja era bi,em suma e para finalizar nosso saudável debate: todos sabem e nem todos admitem que os numeros do Schumacher são frutos de uma conjunção de fatos que tem muito mais a ver com o momento, equipe e grana, muita grana!!!! A Ferrari chegou a gastar mais de 1,2 bilhões de reais em uma temporada apenas!!! é muuuuita grana fruto de um periodo de gastos pornográficos e ilimitados na categoria, tinha quatro pilotos que rodavam em maranello oito horas por dia e seis dias por semana para desenvolver o carro, incluindo aí o 1B.... Foi a maior estrutura jamais montada por uma equipe em qualque período da categoria, se continuasse nesse nível a categoria já teria acabado.
Quanto a quem foi o melhor de todos os tempos é só perguntar ao seo conterraneo Vettel, ou então ao Hamilton ou o Button. são caras que não devem entender nada da categoria.... e quanto ao Shumacher ter perdido o "talento" por estar afastado há três temporadas só posso te afirmar que talento é inato, não se perde. está em plenas condições físicas, é um puta de um atleta e devido aos tratamentos ortomoleculares de vários milhares de dolares deve estar melhor organicamente do que um cidadão médio de 25 anos de idade. E o Rosberguinho frente a campeões e multi campeões realmente não é nada, se possuisse talento com o seu condicionamento fisico seria no minimo condição para ter um desempenho menos vergonhoso frente ao seu segundo piloto.

Um abraço e bom final de semana!!

Felipe Playmobil disse...

Politicamente incorreto, voce é foda maluco, consegue dizer tudo que eu penso !
aushuahuahsuahs