terça-feira, 6 de março de 2012

Multi























O piloto inglês Vic Elford tem sua história confundida com a da Porsche.

Foi ele quem deu a primeira vitória em provas de 24 horas para a marca alemã.

Fez história em Daytona.

Já possuía o título de Campeão Europeu de Rally.

E das 84 (!) horas de Nurburgring.

Sempre a bordo do 911.

A fábrica despertou para seu talento.

Houve a convocação para que testasse um experimento.

O carro estava na Ligne Droite des Hunaudières.

A reta de 6 km que existia em La Sarthe.

Foi ali que o piloto encontrou o 917.

O monstro.

Considerada a melhor máquina já construída pelo homem.

Precisando ser domada.

Sem a devida aerodinâmica o carro fez um zigue-zague na pista.

Mas Elford não parou de acelerar em nenhum momento.

Gostava.

Venceu de tudo.

Targa Florio, 1000 km de Nurburgring, 24 horas de Le Mans, Interserie, Trans-Am...

Passava todas as quatro estações do ano pilotando.

Podia ser na Nascar, Can-Am ou no Rally de Monte Carlo.

Em suas treze participações na Fórmula 1 nunca subiu ao pódio.

E daí?

Alguém se importa?

6 comentários:

Danilo Candido (Can Am) disse...

A Formula 1 não é, definitivamnte, o Olimpo do automobilismo. Aliás, sob certos aspectos, muito pelo contrário...
Vic Elford, assim como Jack Ickx, Derek Bell e Tom Kristensem (para citarmos apenas exemplos oriundos de Le Mans)são, em minha modesta opinião, deuses do automobilismo também. E com sobras.
Um abraço.
Danilo Candido.

Rodrigo Keke disse...

Naquela época, construir carreira no Endurance, na Can-Am e similares era motivo de muito orgulho para os pilotos, mesmo os de mais alto nível. Que o digam além dos que o Danilo citou, Patrick Tambay (bi do Can-Am correndo na equipe do Carl Haas), Hans-Joachim Stuck... Pena que essa faceta do automobilismo tenha enfraquecido em detrimento de outras categorias.

fernando disse...

pode ser viagem minha, mas parecem a silhueta de uma pegada as duas formas brancas adesivadas de cada lado do cockpit - a equipe Porsche nessa época fazia umas brincadeiras na decoração de seus carros de corrida (o 917 'pink pig' de LM-71, o 'psicodélico' de LM-70 e os 908 com os naipes na Targa Florio-70).

Anônimo disse...

Só completando a informação das 24 Horas de Le Mans, 1972,

A Ferrari em questão era da Scuderia Filipinetti, uma Ferrari 365 GTB/4, do trio suiço Bernard Chenevière, Florian Vetsch e Gérard Pillon.

Era Florian Vetsch que estava pilotando quando a Ferrari se acidentou. Vic Elford viu a Ferrari em chamas e parou para prestar socorro.

Quando Vic abriu a porta da Ferrari em chamas, encontrou o cockpit vazio... o piloto já havia escapado. Só então, Vic notou os destroços de uma Lola entre as árvores. Eram os destroços do acidente fatal de Jo Bonnier.

Pouco antes das 8:30h, a Lola de Bonnier colidiu com a Ferrari GTB4 de Florian Vetsch, antes da curva 'Indianápolis'. As testemunhas não souberam dizer o que Bonnier acertou primeiro: a Ferrari ou o 'guard-rail', mas a Lola passou por sobre o 'guard-rail' e foi de encontro às árvores, matando Bonnier.


outro abraço,
Renato Breder

Marcos Antonio disse...

caramba 84 horas! putz! Mas realmente ele é um privilegiado por pilotar um carro tão maravilhoso!

fernando disse...

a "Le Marathon de la Route" originalmente era uma prova longuíssima que percorria estradas comuns mesmo, se não me engano começou como liége-roma, isso nos anos 50.
devido a muitos acidentes numa das edições, decidiram transferir a prova para o nürburgring (para um traçado combinado como descreve o Breder) e a kilometragem do percurso original resultava nalgo equivalente a 84 horas de corrida na pista alemã.

além de Elford, também Ickx pode aprender tudo e mais um pouco de lá vencendo essa corrida.