segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Mais um Título para a Williams!





Imagens avulsas.

No entanto sobre um mesmo tema.

Williams.

A campeã de 2015 do mundial de construtores.

Série B.

Achou estranho?

Explico.

Para compreendermos é preciso lembrar que a Fórmula 1 está dividida em
duas categorias.

Principal e Cliente.

Na primeira, a mais rica e importante, encontramos as equipes principais.

São aquelas que possuem uma parceria preferencial no fornecimento do
motor.

Com uma subdivisão.

Podendo ser de fábrica (Mercedes e Ferrari).

Ou cooperativas (Red Bull / Renault e McLaren / Honda).

O restante do grid é formado pelas clientes.

Ali estão Force India, Toro Rosso, Manor, Lotus, Sauber e Williams.

Dois campeonatos em um só.

Fácil de entender.

O segundo grupo, salvo um hecatombe, jamais vai enfrentar de igual para
igual suas respectivas irmãs mais poderosas.

Por que?

Porque a criação e o desenvolvimento são totalmente diferentes em cada
uma dessas categorias.

As fabricantes constroem seus carros de forma harmônica com a unidade
de força.

Já as clientes recebem o motor dentro de uma caixa fechada e precisam
descobrir como irão envelopar o troço e criar um bólido competitivo
com aquilo.

Com menos tempo e ainda sem direito a certas atualizações.

Difícil.

Não tem como encarar.

Portanto a Force India nunca irá vencer a Mercedes.

Assim como a Sauber não vai derrotar a Ferrari.

Olhando sob esse prisma, descobrimos uma competição à parte.

O campeonato mundial de construtores da Série B.

E dentro desta realidade a Williams se sagrou campeã.

Ou melhor, bicampeã!

A Force India e a Lotus ficaram com o segundo e terceiro lugares
respectivamente.

Vale a pena fazer algumas observações.

Nas últimas cinco temporadas, o time de Vijay Mallya sempre esteve entre
as três melhores clientes.

Sendo que foi campeã em 2011.

A Lotus, depois de duas conquistas (2012 e 2013), se recuperou do fraco
desempenho do ano passado e voltou a figurar entre as primeiras ao final
desta temporada.

Esse histórico aparentemente pode não significar muito, além do dinheiro
recebido pela classificação.

Porém os bons resultados mostram solidez na estrutura e viabilidade de
sobrevivência no longo prazo.

Isso torna as escuderias mais atrativas para patrocinadores, investidores e,
até mesmo, compradores.

Exemplos?

Aston Martin em tratativas com a Force India, Renault absorvendo a Lotus
e os milhões de Stroll desembarcando na Williams.

Acha que tudo isso é pensar pequeno?

Pode ser.

Mas é a realidade.

E, por enquanto, a única forma de um time menor continuar respirando neste
cenário.

Perspectivas de mudança?

Só se uma nova montadora cair do céu!


7 comentários:

Tuta disse...

Bem pensado, eu comparo a F1 com tudo, mais uma coisa para ter relação com o mundo. por mais que a F1 pareça fora da realidade, ela reflete quase tudo que existe à sua volta.

Fabrizio Salina disse...

E essa BMW ao final? Desejo?

Humberto Corradi disse...

Fabrizio Salina

BMW testando seu motor em um carro da Williams.

Valeu

Anônimo disse...

Corradi, boa tarde.

Você saberia informar em quais situações a FIA pode tomar decisões de mudanças de regulamento ou nos carros sem que as equipes/montadoras possam vetá-las? Seriam só nas alterações aerodinâmicas?

Abraço.

Ricardo Ferreira

Humberto Corradi disse...

Ricardo Ferreira

Acho que as mudanças no regulamento ocorrem de tempos em tempos por conta de tecnologia, segurança e competitividade.

A situação de veto é rara.

(teve uma última com a Ferrari por ela considerar uma proposta economicamente inviável).

Na maioria das vezes existe um acordo e há um período para as escuderias se adequarem ao novo regulamento.

Valeu

Daniel Chagas disse...

A Williams tem que ir em busca de uma montadora se quiser voltar a ser realmente grande, mas o problema é qual? Não há montadoras realmente interessadas em entrar na categoria com esse regulamento de motores bizarro, eis aí o grande problema da f1 e os caras não percebem isso.

Eduardo Casola Filho disse...

É um sistema que complica demais a vida das equipes médias e pequenas na F1.

Entendo a necessidade dos negócios como tal, mas o fato é que não há nada que dê para se fazer neste caso.

A bola de neve já é maior do que a casa no pé da colina.

E se for perguntar a qualquer montadora fora da F1 se desejam entrar (por mais sedutor que seja o alcance da categoria globalmente), a resposta, enfática, é a mesma: NÃO!